Alan e
Irene conheceram-se num orfanato, nos anos 50. Ele tinha sete anos, ela tinha
nove. Eram ambos sensíveis e solitários. Naquele meio hostil, tornaram-se
inseparáveis. Mas a proximidade entre meninos e meninas não era bem vista e,
embora se desdobrassem em cuidados e peripécias, o inevitável aconteceu: a
inocente amizade foi descoberta. Alan foi levado para outro orfanato sem ter,
sequer, direito a um adeus. A Irene disseram que ele fora adoptado e, embora
destroçada, a menina encontrou consolo na ideia de o amigo ter então um lar
carinhoso e feliz. Mas a realidade era bem diferente. Abandonado e só, Alan
queria apenas dizer a Irene que nunca a esqueceria. Por ela, fugiu vezes sem
conta. Foi sempre apanhado e, de cada vez, os castigos foram mais brutais.
Os anos passaram mas o laço entre eles nunca foi quebrado. Nas
suas vidas – frequentemente difíceis, sempre solitárias – sabiam faltar algo.
Sem saberem, frequentaram durante anos as mesmas lojas, o mesmo bairro…
Até que, um dia, quarenta anos depois, Irene e Alan cruzaram-se
casualmente na rua. Ambos souberam de imediato que nada nem ninguém voltaria a
separá-los. Relato doloroso de abandono, crueldade e sobrevivência, Almas Gémeas é,
acima de tudo, uma história espantosa que confirma uma verdade fundamental: o
amor consegue vencer todos os obstáculos.
2 comentários :
Boa tarde srª Zeza, desejo-lhe um óptimo ano 2013 com tudo do melhor, pois bem o merece!
o livro parece ser mmuito interessante e tem uma história bastante bonita :)
beijinhos
Olá Cátia, um bom 2013 para ti também. Mil beijos.
Enviar um comentário