quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Mais algumas lembranças II


De vez em quando os condes recebiam ao almoço ou ao jantar; eu cozinhava e o marido da minha prima servia. Houve um dia em que tive de fazer o almoço para 10 pessoas; eram sempre coisas fáceis e muito práticas: entrada, prato, saladas, queijo e sobremesa. Nesse dia lembro-me bem do que era o prato: esparguete com courgettes, fiambre, natas e queijo parmesão no forno. Mais fácil não podia ser. Tinha eu acabado de pôr o pirex, já pronto, em cima do frigorífico para ter mais espaço para o resto, quando o meu primo foi buscar gelo e o pirex caiu ao chão partindo-se em mil cibos! Vem de lá a condessa toda exaurida "e agora como é que ia ser?!" Toca eu a correr até ao mini-mercado mais próximo comprar o que me faltava e fazer tudo de novo. Saiu a horas e ainda com melhor aspecto. O nervosismo da situação deu um "quê" de adrenalina que ajudou a que saísse tudo bem e mostrou como sou desenrascada!







Já tenho a receita deste esparguete aqui no blog no dia 31 de Março de 2012.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Mais algumas lembranças




Este fim de semana e com o mau tempo que esteve apeteceu-me ficar em casa sossegadinha e cozinhar para as minhas filhotas. Depois fiquei sentada a vê-las regalarem-se com os petiscos que pediram para eu fazer. Estavam de comer e chorar por mais, segundo elas. Eu pouco comi; satisfaz-me mais cozinhar  para os outros.

Por falar em mau tempo, hoje perdi o meu carro! Pois! Fui às compras e como estava um sol lindo vim a pé e só quando cheguei a casa é que dei conta de que me faltava o carro!

Foi durante o tempo que estive em Paris que aprendi a cozinhar. Trabalhei dois anos como cozinheira em casa de uns condes franceses e italianos. Quando fui à entrevista para ver se conseguia o lugar, tinha eu 19 anos, não sabia fritar um ovo. Estava mais habituada a trabalhar no campo do que a cozinhar. Na entrevista com a condessa disse, por indicação da minha prima que trabalhava lá como "baby-sitter", que sabia fazer tudo. 

Como já tinha referências dadas pela minha prima consegui o lugar. Foi também ela que depois me ensinou a cozinhar. 

O primeiro prato que cozinhei foi dourada no forno. Ainda me lembro de como estava insegura e nervosa mas não deixava transparecer. No final disseram que estava muito bom.

Hoje cozinhar é como uma terapia para mim. Quando estou cansada ou aborrecida quem ganha é quem come cá em casa. Tanto faço pratos já conhecidos como gosto de inventar.


domingo, 27 de janeiro de 2013

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Um bocadinho difícil de ler




A história remonta à Londres de 2010, quando a conservadora do Museu Swinburne, Catherine, fica a saber que o seu amante morreu de forma inesperada.
O responsável pelo departamento onde trabalha, que sabe da relação secreta, escolhe-a para reconstruir um autómato criado no século XIX.
A partir daqui, o autor, com o seu particular talento para contar historias, leva o leitor através de um mundo onde se cruzam a invenção humana, a morte e os segredos do amor.

"Eu estava no rio a lavar-me, nu, a andar hesitante sobre o xisto acerado, que pode amputar-nos os dedos. Quando Sumper me tocou no ombro, apanhei um susto. As minhas partes privadas encolheram como moelas num caldeirão."



quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Do meu quase susto e do susto de hoje!



Hoje e depois de um dia agradável e sereno, ao cair da noite quando ia para a minha aula de yoga tive um pequeno descuido e bati no carro da frente, houve várias travagens e por azar fui a única que bateu, não foi nada sério mas o Sr. do outro carro quis fazer uma participação amigável por causa dos sensores do pobre carrito! Este foi o quase susto.

Quando chego a casa vejo o Santiago todo estendido no chão e a babar-se todo, e aqui é que foi o susto! Já está a recuperar, depois da visita ao veterinário e de uma injecção já quer começar a saltitar. A saber que engordou mais 5 Kg, pesa agora 21,5 Kg, o veterinário diz que está óptimo e garantiu-me que não é desta que ele morre!

Agora vou ver se consigo dormir um soninho sossegado.




terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Porque faz bem à alma


Há já alguns dias que o meu pai está menos bem disposto. Hoje de manhã quando cheguei do trabalho perguntei-lhe o que é que ele tinha e porque é que estava assim; disse-me que estava chateado com ele próprio porque se sentia aborrecido. Perguntei-lhe se queria ir dar um passeio, ver o mar, ou o que ele quisesse. Perguntou-me para que é que servia o passeio  e eu disse-lhe que fazia bem à alma. Disse-me para ter juízo. Meia hora depois quando voltei ao quarto perguntou-me se a proposta ainda estava de pé?

























Pelo caminho cantou-me algumas cantigas que costumava cantar quando era mais novo. Só consegui a letra de duas que achei muito engraçadas:

Esqueleto mirrado

Passei pelo cemitério
Era quase noite escura
Vi um esqueleto mirrado
Em cima da sepultura

Em cima da sepultura
Sem ter língua me falou
Olha p'ró triste estado
Em que a morte me deixou

Já fui belo e formoso
E agora estou nesta sorte
Já fui retrato da vida
E agora sou o da morte.

Terramoto de um grolo

Forte bêbeda apanhei
Naquele Domingo passado
Deram as bruxas comigo
Fiquei todo espernegado

Dizia às pernas vamos lá
 Mas a cabeça não queria
E era asneira que fervia
E conversava só cá comigo

Esteja quieto senhor vinho
Não lhe admito chalaças
Não se meta com quem passa
Deixe-me cá viver sozinho

Embirro e meto o focinho
ali pelo rio fora
Deram as bruxas comigo
O que há-de ser de mim agora

Sigo ali ó valinho
Ó bacelo do Migalha
Mesmo se uma perna me falha
Por aqui é o caminho

Eu me levanto e sigo
Para dentro de um balado
Deram as bruxas comigo
Topei-me em casa deitado

O tão pouco fazer mal
Foi o que eu admirei
16 quartilhos e tal
foi a porção que eu calculei.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Pastelão de grelões









Lembrei-me num destes dias frios de Janeiro, dos meus tempos de canalha em que a minha mãe fazia, para a merenda ou para levarmos de almoço de seco quando íamos trabalhar para o campo, de um saboroso petisco que resolvi fazer hoje para a merenda, e que fica um regalo quando acompanhado com café de cafeteira.

Um pequeno aparte antes de deixar a receita: em 1999 (ano Jacobeu) fomos dar um passeio até à Galiza e passamos por lá uns dias. Uma noite fomos jantar a uma pizaria em Santiago, onde nos propuseram uns pãozinhos de alho que segundo a empregada eram um "regalo". Como pensei que regalo fosse um presente disse que sim e qual não foi o meu espanto ao ver na conta que os pagamos! Por isso cuidado com os regalos espanhóis!

Agora vamos à receita do pastelão de grelões:

- o meio de 1 cebola grelada
- 4 ovos
- miolo de uma fatia de pão
- 2 ou 3 fatias de pão
- sal e azeite q.b.


Batem-se os ovos com a cebola cortada fininha, junta-se o miolo de pão esfarelado e o sal. Frita-se em azeite bem quente e depois de frito põe-se sobre as fatias de pão. De comer e chorar por mais! Experimentem.


sábado, 19 de janeiro de 2013

Os Miseráveis


foto by moi-même

Lembrei-me hoje a propósito do filme "Os Miseravéis " de Victor Hugo do tempo em que me escondia no roupeiro de uma Madamme parisiense para devorar os livros dos mais conhecidos escritores franceses. Trabalhei 1 ano em casa desta família que tinha uma biblioteca do tamanho do mundo. E como quem me conhece sabe que sou bastante despachada,  terminava num abrir e fechar de olhos os meus afazeres para me refugiar nos enormes roupeiros que mais pareciam quartos e aí passava horas entretida a ler. Levava os livros da biblioteca, sentava-me no chão alcatifado e escondida entre os bonitos vestidos partia rumo à aventura com escritores como: Victor Hugo, Molière (um dos meus preferidos; ainda cheguei a ir à "Comédie Française" ver duas das suas peças de teatro e adorei!), M. Duras, Simone de Beauvoir, Stendhal, Balzac, Zola, Régine Deforges, Camus, François Mauriac, Flaubert, Baudelaire, Céline, Claude Michelet, Juliette Benzoni, Jacques Prévert e mais alguns que agora não me vêm à memória. Mas consigo sentir a emoção de ler escondida e de nunca ter sido apanhada. Bons tempos! 




quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

A boa morte II

Eis, enfim, o pedido básico até ao instante último: querer ouvir alguém que fale, querer falar para alguém que ouça.


Hoje encontrei na revista "Visão" mais uma crónica de Gonçalo M. Tavares. Vou aqui deixá-la porque me parece a segunda parte da crónica dele que aqui deixei há alguns dias.



Sons últimos e água para as árvores

"Como é estúpido fazer planos para uma longa vida quando não se é sequer senhor do dia seguinte."

Senéca

Últimas palavras

Um dilema moderno. O dilema que, por paradoxo, existe nas cidades mais desenvolvidas: sem cuidados paliativos domiciliários, como ter uma boa morte? Como ter uma boa morte em Lisboa, por exemplo? Voltemos à definição.
"Boa morte: 1. Morte tranquila, com o mínimo da dor. 2. morte em que até ao último momento de vida se conserva a dignidade e a identidade. 3. morte em que o moribundo tem os familiares junto dele." ("Agora e na hora da nossa morte", Susana Moreira Marques)
O ponto 1 - "Boa morte: 1. Morte tranquila, com o mínimo de dor." Por norma, este mínimo de dor (pensando por agora só na dor física) é garantido por meios técnicos que habitam um espaço definido - o hospital. Como conjugar, então esta dor mínima com o ponto 2 - manter a identidade? Como é que um doente mantém a sua identidade num quarto de hospital; afastado do seu espaço, dos seus objetos?
Muitas vezes o terrível dilema dos familiares é precisamente este: a) manter o doente no hospital - local que permite, em princípio, que ele viva mais tempo - ou b) tirá-lo dali e levá-lo para sua própria casa para assim poder ter a tal "morte em que o moribundo tem os familiares junto dele"? Mais tempo de vida ou morte mais tranquila, com mais salvaguarda da identidade e da memória afetiva - morte mais individual, personalizada, junto de familiares a quem possa dar o último conselho e de quem possa receber as últimas atenções. Os dois momentos-limite (morte, nascimento) em que o ser humano precisa de outro - de, pelo menos, mais um outro; e, nessas alturas, que terrível estender o braço e não tocar em nada a não ser em coisas metálicas! O último toque de um moribundo, pensemos nele, como tal é decisivo. Qual foi a última coisa em que o moribundo tocou? - eis uma pergunta relevante. Em que matéria, em que material ou: em que pessoa? A primeira pessoa que nos pega quando nascemos e a última em que tocamos, como tal é relevante. E, no segundo caso, pode resultar de uma escolha consciente, clara: quem escolhes para o último toque? Eis uma das decisões mais sérias. O moribundo, além do mais, quer falar e ouvir - como todos os humanos.
Dizer as últimas palavras para uma máquina, contar o último segredo de família a uma sala vazia, escutar ruídos metálicos em vez de frases e respirações - esta é uma das mais terríveis paisagens em 2013, para alguém que está muito próximo da morte.  e, eis enfim, o pedido básico desde que nascemos até ao instante último: querer ouvir alguém que fale, querer falar para alguém que ouça.


quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Alberto Caeiro



(...) um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela."

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

De novo no cabeleireiro




Está visto que o corte do "Junior" de Mafra não funcionou muito bem, pelo menos para mim! Tive que procurar outro cabeleireiro. Desta vez fiquei mesmo aqui pela Venda do Pinheiro, poupei no gasóleo e no corte (que foi só € 10). Ainda por cima a cabeleireira, simpática e bonita, já esteve em Martim! Realmente o mundo é mesmo pequeno! E o corte, acham bem?


Colangiocarcinoma


O Colangiocarcinoma é um cancro das vias biliares, estruturas que drenam a bílis do fígado ao intestino delgado. Este cancro é relativamente raro, com uma incidência anual de 1 a 2 casos por 100.000 pessoas.

O prognóstico para as pessoas com Colangiocarcinoma é melhor se o cancro for descoberto enquanto ainda se encontra confinado à via biliar, o que permite que seja tratado cirurgicamente. Uma vez disseminado a taxa de sobrevivência é baixa.


Tipo I : tumor abaixo da confluência com livre fluxo entre os canais esquerdo e direito;

Tipo II : tumor obstruindo a confluência, não havendo acometimento superior dos ramos principais;

Tipo III a : tumor obstruindo a confluência e o ramo principal direito;

Tipo III b : tumor obstruindo a confluência e o ramo principal esquerdo;

Tipo IV : acometimento de ambos os ramos principais e os secundários.


Agora, depois desta breve introdução, vou contar a história de um calangiocarcinoma tipo IV que temos cá em casa e de quem achamos melhor, para o bem de todos nós, fazer um amigo.

O meu pai tem cancro da próstata já há mais ou menos 4 anos. Fazia quimioterapia à base de comprimidos (diários) e injecções (de 3 em 3 meses), no hospital de Vila Real e estava controlado. 
Em Outubro de 2009 foi internado e operado a uma apendicite aguda no mesmo hospital, onde lhe fizeram também uma biopsia ao fígado sem no entanto revelarem os resultados até hoje. Visto não nos terem informado sobre o assunto presumimos que estivesse tudo bem.

Foi andando devagarinho sem grandes percalços até ao mês de Julho passado quando de repente teve uma crise onde perdeu todas as suas faculdades motoras tendo momentos em que também não reconhecia ninguém. Foi às urgências mas voltou para casa pois precisava da declaração do médico de família para ficar internado o que aconteceu só a 11 de Setembro, pois o médico estava de férias. Detectaram pedras na vesícula  limparam e 10 dias depois mandaram-no embora; foi nessa altura que veio morar cá para casa.

Vinha mal e piorou muito até que finalmente e depois de ter ido a algumas urgências ficou internado no Hospital Beatriz Ângelo em Loures. Ficou internado 3 semanas e o prognóstico foi: Colangiocarcinoma.

Durante todo o tempo que esteve no hospital foi bem acompanhado e encaminhado; nós fomos informados acerca do seu real estado de saúde que desconhecíamos até ao momento.

Hoje está a fazer quimioterapia uma vez por semana, está bem disposto e lúcido, embora passe a maior parte do tempo acamado.

No inicio tivemos algumas dificuldades em aceitar a situação mas a partir do momento em que ele ficou melhor, a relação afectiva aprofundou-se e aprendemos a lidar com tudo isto com alguma leveza e boa disposição, que nos faz tirar das coisas menos boas da vida lições de humanidade e carinho.





domingo, 13 de janeiro de 2013

Não foi dos meus preferidos


Numa grande mansão, às portas de Milão, vivem os Cantoni, proprietários há três gerações da homónima e prestigiada fábrica de torneiras.
Aparentemente, todos os membros da família levam uma vida transparente, mas, na realidade, todos eles escondem segredos que os marcaram; existem situações que, ainda que conhecidas por todos, permanecem um tema tabu. Omite-se até a loucura de que sofre Bianca, a matriarca desta dinastia.
Um dia, entra em cena Léonie Tardivaux, uma jovem francesa sem dinheiro e sem parentes, que casa com Guido Cantoni, o único neto de Bianca. Léonie adapta-se bastante bem à rotina familiar, compreendendo a regra de silêncio dos Cantoni. Isso não a impede de ser uma esposa exemplar, uma mãe atenta e uma gerente talentosa, que, com bastante êxito, conduz a firma pelo mar hostil da recessão económica. No entanto, também ela cultiva o seu segredo, aquele que todos os anos, durante apenas um dia, a leva a largar tudo e a refugiar-se no Lago de Como.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

domingo, 6 de janeiro de 2013

Moi-même



 " Enquanto houver rapazes de quarenta anos , é justo que se desculpem as leviandades dos velhos de dezassete."

Camilo Castelo Branco



sábado, 5 de janeiro de 2013

A minha irmã levou-me ao cinema



Este é um filme sensível sobre o envelhecimento, que conta a história de Georges e Anne, um casal de octagenários, dois professores de música reformados. Um dia Anne sofre um acidente e o amor que une este casal é posto à prova...

Com desempenhos magistrais de Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva; e com Isabelle Hupert e Rita Blanco nos papéis secundários.

Não pode deixar de ver.


quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Gostei muito



Alan e Irene conheceram-se num orfanato, nos anos 50. Ele tinha sete anos, ela tinha nove. Eram ambos sensíveis e solitários. Naquele meio hostil, tornaram-se inseparáveis. Mas a proximidade entre meninos e meninas não era bem vista e, embora se desdobrassem em cuidados e peripécias, o inevitável aconteceu: a inocente amizade foi descoberta. Alan foi levado para outro orfanato sem ter, sequer, direito a um adeus. A Irene disseram que ele fora adoptado e, embora destroçada, a menina encontrou consolo na ideia de o amigo ter então um lar carinhoso e feliz. Mas a realidade era bem diferente. Abandonado e só, Alan queria apenas dizer a Irene que nunca a esqueceria. Por ela, fugiu vezes sem conta. Foi sempre apanhado e, de cada vez, os castigos foram mais brutais.
Os anos passaram mas o laço entre eles nunca foi quebrado. Nas suas vidas – frequentemente difíceis, sempre solitárias – sabiam faltar algo. Sem saberem, frequentaram durante anos as mesmas lojas, o mesmo bairro…
Até que, um dia, quarenta anos depois, Irene e Alan cruzaram-se casualmente na rua. Ambos souberam de imediato que nada nem ninguém voltaria a separá-los. Relato doloroso de abandono, crueldade e sobrevivência,  Almas Gémeas é, acima de tudo, uma história espantosa que confirma uma verdade fundamental: o amor consegue vencer todos os obstáculos.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Feliz 2013


"A felicidade do mundo exige duas coisas: poder o que se quer, querer o que se deve."

Santo Agostinho