23 de Maio de 2012, quarta-feira
Comecei o dia ensonada porque durante a noite o dormitório parecia um concerto cacofónico, ou seja toda a gente se lembrou de ressonar alto e bom som. Lembrei-me de pôr os “phones” para ouvir um pouco de música e acabei por ficar com eles a servir de tampões. Por isso mais uma coisa que não devem esquecer quando fizerem o caminho, tampões para os ouvidos.
Esta é uma etapa plana onde algumas partes do caminho têm um aspecto quase medieval e bastantes pequenos cursos de água e fontes. Além disso podem-se encontrar também muitas latadas de videiras que embelezam ainda mais o caminho. Fez-me lembrar muito a minha infância chegando mesmo a sentir o odor daqueles tempos (como sabem sou do Douro Vinhateiro).
Devido ao cansaço que se vinha acumulando caminhávamos cada vez mais devagar e coincidência ou não a Helena começou a sofrer das unhas dos dedos grandes dos pés. Estava sempre à procura de um café para beber uma Aquarius limon, coisa que eu desconhecia e fiquei adepta! Quando via que ela estava em sofrimento dizia-lhe que o café era logo ali ao virar da esquina e por vezes fazíamos 1 ou 2 kms assim. Aproveitei que íamos mais devagar para falar com os peregrinos desconhecidos que passavam por nós. Quando parávamos nos cafés alguns deles perguntavam-me com quem estava porque me viam sempre com todos; eu dizia que estava sozinha mas com toda a gente.
Chegámos finalmente ao albergue de Caldas de Reis por volta das 16:30h., cansados mas felizes.
2 comentários :
Coitada da tua amiga. Imagino as dores...
Boa tarde srª Zeza,fico mesmo muito feliz que tenha gostado da viagem, que se tenha divertido muito e aproveitado ao máximo :)
sem dúvida uma óptima sensação partir sozinha e encontrar vários companheiros pelo caminho :)
Beijinhos grandes
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