quinta-feira, 13 de junho de 2013

Um livro divertido; passa-se um bom momento com ele.





"Uma vida preenchida, de serviço aos outros. Uma vida à qual tentava conferir um sentido positivo. Uma vida da qual gostaria de orgulhar-se. Contudo, toda aquela hiperactividade não passava de uma evasão, de um desejo de se sentir preenchida, como a borboleta nocturna que, obstinadamente, se gruda aos candeeiros. Nunca pousar, nunca deixar de bater as asas, correndo o risco de esgotar todas as energias, correndo o risco de se queimar. Nunca dispor de tempo para confessar o que sabia: que necessitava de uma bússola que a orientasse, de um braço sobre os seus ombros, de punhos que a protegessem."


"Agora, os dois aviões estavam lado a lado, em pistas paralelas, com partidas para destinos radicalmente opostos.
Começaram a ganhar velocidade ao mesmo tempo, fazendo vibrar o alcatrão sob as rodas do trem principal.
No momento em que se cruzaram, uma espécie de interferência sacudiu os dois aparelhos, recordando aos passageiros que, afinal de contas, o amor se separa da morte apenas por três letras."



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