terça-feira, 25 de junho de 2013

Mergulho Iceberg no Zêzere




Quando o Zé me perguntou se gostaria de fazer canoagem no rio Zêzere com o grupo do ginásio, olhei para ele de lado e ao mesmo tempo  pensei com os meus botões "e porque não?". Na minha ideia e sem falarmos mais no assunto pensei numa canoa de madeira com remos de madeira e um pequeno lago onde estaríamos virados um para o outro; talvez um pouco monótono mas não deixaria de ser interessante.

Chegado o dia, primeira surpresa: o grupo era de 46 pessoas; primeiro pensamento desconfiado: um lago com 23 canoas de madeira com pares a olharem uns para os outros!

A viagem foi feita de autocarro até Constância, seguindo depois para o ponto de partida a jusante da barragem de Castelo de Bode. Durante a viagem o organizador desta actividade bem falava de descida,  de dez quilómetros, de rápidos, etc. mas eu entretida na conversa pouco sentido dava ao que ele dizia.

Chegados ao local de partida, segunda surpresa: canoas de plástico com 2 metros e tal de comprimento, com os dois lugares orientados para a frente e ainda mais esquisito com pagaias para remar. Ainda cheguei a pensar em papaias de tão ansiosa que estava a ficar.

Descemos a canoa para o rio e terceira surpresa: o da frente, independentemente de ter mais experiência ou não, tinha que ser o menos pesado! Socorro meu Deus!!














































Como se pode ver pelas fotos, depois de cinco minutos na canoa e já me sentia como em casa. Ainda por cima tivemos a sorte de ter havido uma descarga da barragem no dia de trás e por isso não foi necessário andar com a canoa às costas! Tive também a oportunidade de fazer alguns exercícios de ioga na canoa, posso dizer que foi do melhor que pude fazer.

A seguir quarta surpresa: altura de dar o mergulho neste rio já tão "meu" de águas tão claras e... completamente GELADAS! Não consigo transcrever para texto a sensação que tive ao mergulhar, foi como se mil facas de gelo entrassem por mim adentro e me transformassem num iceberg; isto tudo durante o tempo que durou o mergulho porque depois saí da água a correr para me vestir.

E agora a maior das surpresas: encontrei por lá a Carolina. Uma bela rapariga que conheci há vinte anos quando vim morar para esta zona. Há alguns anos que não a via e lá estava ela e por sinal bem acompanhada. Boa sorte.




A Carolina com a Inês

Quase no final da descida houve um pequeno percalço. Ao passar por baixo de uns pilares a corrente era mais forte; vínhamos atrás duma canoa (a passagem foi um bocado atribulada) que começou a encher-se de água e a afundar. Estava ocupada por dois adultos e um menino; tentamos remar para eles e só ouvi o pai dizer meio desnorteado "salva-te tu meu filho" e atirou-o para a nossa canoa. Com algum custo conseguimos remar para a margem chegando ao fim do percurso sãos e salvos.

Houve uma bela de uma jantarada onde deu para socializar e discutir a aventura. Vai haver uma segunda descida desta vez de Constância até ao Castelo de Almourol e eu já faço parte da lista.










E como não podia deixar de ser, uma foto com o nosso querido Camões.






1 comentário :

Joana disse...

E eu a pensar que vocês iam ficar em último
:p