domingo, 5 de maio de 2013

OH!





Acabei de ler o último volume da trilogia de Langani. Ficou a saber-me a pouco! Que pena não haver mais!

"Passado nas regiões selvagens e imprevisíveis do Quénia, Luz Efémera é uma história de coragem, amizade, traição e sacrifício redentor."

"- Doze anos - disse Hannah suavemente. - Faz amanhã doze anos que tive a minha grande festa de aniversário no acampamento do Anthony em Samburu. Parece que foi há uma eternidade. Aconteceu tanta coisa e todos nós enfrentámos privações e acontecimentos trágicos. Mas, apesar de tudo, nós as três, eu, a Sarah e a Camilla, cumprimos a promessa que fizemos em Langani, de que o Piet foi testemunha. Quando fizemos um corte na mão e misturámos o nosso sangue para nos tornarmos irmãs.
 - Repetimos esse voto na praia de Watamu, lembram-se? Na véspera de Ano Novo. A última antes da independência - disse Sarah. - Antes de sermos mandadas para fora.
 - Nessa noite estavas connosco, Anthony. - Hannah estendeu o braço para lhe pegar na mão. - Era tudo tão incerto, as pessoas não sabiam se deviam abandonar o país ou continuar a ter fé suficiente para adoptarem a cidadania. Éramos todos muito jovens e, no entanto, tínhamos a certeza de que íamos ficar, apesar de termos sido obrigadas a passar algum tempo longe daqui. E tínhamos razão. Este país continua a ser o lugar a que pertencemos. É a nossa casa."

" - Não existe nenhuma resposta fácil - disse o padre Andrew. - O sofrimento é muitas vezes incompreensível. Viver em sofrimento torna-nos humildes. Torna-nos mais benevolentes, se assim deixarmos. Extingue as impurezas. Ensina-nos a aceitar-nos e a preocuparmo-nos uns com os outros nas nossas fraquezas porque uma coisa é certa... mais cedo ou mais tarde, estaremos por baixo. Todos nós precisamos de consolação e apoio. A primeira coisa, minha filha, é não julgar. Nunca poderemos saber ao certo o que leva as pessoas a fazer o que fazem. Só Deus compreende o que nunca poderemos ver. Deixe o juízo com ele. Ele sabe como moderá-lo com o amor. E não se julgue também com demasiada severidade. Recorda-se da história da mulher que ia ser morta à pedrada?"


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