Morreu Margaret Thatcher.
"Qualquer mulher que entenda os problemas de cuidar de uma casa está muito perto de entender os de cuidar de um país."
Exumação do corpo de Pablo Neruda 30 anos depois da sua morte (morte por cancro ou envenenamento?)
Morre lentamente quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se
transforma escravo do hábito,
repetindo todos os dias o mesmo
trajecto,
quem não muda as marcas no
supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não
conhece.
Morre lentamente quem evita uma
paixão,
quem prefere o "preto no
branco"
e os "pontos nos is" a
um turbilhão de emoções indomáveis,
justamente as que resgatam brilho
nos olhos,
sorrisos e soluços, coração aos
tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a
mesa quando está infeliz no trabalho,
quem não arrisca o certo pelo
incerto atrás de um sonho,
quem não se permite,
uma vez na vida, fugir dos
conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias
queixando-se da má sorte ou da
chuva incessante,
desistindo de um projecto antes
de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto
que desconhece
e não respondendo quando lhe
indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo
exige um esforço muito maior do que o simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!
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