segunda-feira, 26 de maio de 2014

Li-o em dois dias. Gostei.




Sinopse:

Filha de uma respeitada família de Dunderry, na Geórgia, Claire Maloney era uma menina caprichosa e mimada, mas isso não a impediu de travar amizade com Roan Sullivan, um rapaz feroz, órfão de mãe, que vivia numa caravana com o pai alcoólico. Nunca ninguém conseguiu compreender o laço que unia as duas crianças rebeldes. Mas Roan e Claire pertenciam um ao outro... até a violenta tarde em que o terror tomou conta das suas vidas e Roan desapareceu.
Durante vinte anos, Claire procurou o rosto do seu amor de infância por entre a multidão. Durante vinte anos, esperou ansiosamente uma carta e sobressaltou-se a cada toque do telefone. No entanto, quando Roan surge novamente na sua vida, a alegria de Claire não é completa, pois ao contrário do que se afirma o tempo não apaga todas as feridas. Algumas permanecem ocultas, prestes a reabrir-se ao mais pequeno incidente. Que segredos do passado envenenam o presente e minam o futuro?
Pela consagrada autora de A Doçura da Chuva, um romance comovente e original que relata um amor inocente capaz de sobreviver a todas as adversidades.

"Afixei o primeiro poema ao nosso frigorífico, num lugar proeminente, entre o calendário do Boletim dos Agricultores e um instantâneo de mim, dos meus pais e dos meus irmãos no átrio do Centro Cívico de Atlanta, quando fomos assistir ao espectáculo Música no Coração por uma companhia itinerante. 

( a Claire tinha dez anos quando escreveu o poema e lia os livros do pai às escondidas)

O Roanie, o Roanie
Não é nenhum impostor,
Tem uns grandes cojones
E não destoava ao lado
Dos Maloneys

                        Claire

 Cojones era um termo que eu tinha descoberto num dos romances policiais do meu pai. Inferi o seu tremendo poder pela maneira como era usada no livro. Esperei para ver quem seria o primeiro a descobrir o poema.
a tia Arnetta era tão míope como uma toupeira. (...) Tirou os óculos e limpou-os à lapela do blazer castanho, voltou a pô-los e inclinou-se novamente para a frente. Estremeceu.
- CLAIRE kARLEEN MALONEY, que porcaria é esta?
Arrancou o meu poema do frigorífico, rodou nos calcanhares e bateu com o papel na mesa. A minha boca ficou seca.
- É um poema!
- Andas a escrever poemas sobre... sobre as partes íntimas do Roanie sullivan?
- Como? O quê? Não, é sobre os cojones dele!
- Partes íntimas - repetiu a tia Arnetta, agitando-me o papel debaixo do nariz. - órgãos masculinos. Gónadas. Testículos. - A sua voz subia a cada palavra e, quando olhei para ela num horror de incompreensão, ela terminou quase aos berros. - Os tomates dele.
 Soltei um guincho. Era isso que os homens nos livros do meu pai queriam dizer quando referiam que alguém tinha uns grandes cojones?
- Não sabia! Pensei que os cojones eram músculos! Músculos grandes e rijos!"



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