domingo, 15 de junho de 2014

Interessante; muito mesmo...




Sinopse
Matt Beckford está à beira dos trinta, idade quase mítica com que sempre sonhou, limiar que deverá finalmente revelar-lhe o adulto que existe nele, o número mágico que lhe trará todas aquelas coisas que ao longo dos anos considerou como parte da maturidade. Matt sempre se imaginou, também festejando o seu trigésimo aniversário ao lado de uma companheira, a pessoa feita para ele, finalmente encontrada depois de todos aqueles loucos anos de procura. Mas descobre que nada pode tomar-se por garantido... principalmente quando Elaine, com quem vive há vários anos, rompe uma relação que parecia estável. Matt deixa então Nova Iorque onde tem trabalhado, para revisitar a velha Birmingham natal, do outro lado do oceano. Outra vez em casa dos pais, no seu quarto de solteiro,cumprindo os eternos rituais, tem a sensação de enlouquecer. O reencontro com os amigos e amigas que o acompanharam desde os tempos de escola, e agora, como ele, na chegada dos trinta, confronta-o com a singularidade de cada destino. Matt debate-se entre a nostalgia do passado e a expectativa do que virá... Um livro escrito na primeira pessoa, refrescantemente espirituoso, que capta de forma tocante, sob os tons claros de riso e da ironia, o que de doloroso e vulnerável existe em cada ser.
"Mas passados apenas alguns anos, esse género de conversa esgotou-se, quando o meu pai me concedeu a maior dádiva conhecida da humanidade - o silêncio. Gosto de pensar que ele me ensinou que podemos comunicar tão extensivamente sem palavras como com elas - que havia outras maneiras de partir um ovo para além de falar com ele. Ensinou-me que às vezes a única coisa a fazer é guardar as coisas para nós próprios até chegarmos a um ponto em que somos capazes de lidar com elas. Não estou a dizer que era uma filosofia perfeita - longe disso -, mas era uma filosofia útil quando a outra única opção possível era atirarmo-nos do precipício abaixo. Portanto, esta era a razão porque, durante a maior parte da nossa vida, o meu pai e eu funcionámos estritamente na base de dizer apenas-o-necessário."

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